domingo, 17 de agosto de 2008

Enquanto novembro não vem


Tenho delegado poderes à minha imaginação. Ela tem trabalhado em dobro, tentando toda a sorte de idéias e devaneios, afim de encurtar uma espera. O que se pode fazer nessa vida, que encurte uma espera e diminua a saudade de alguém que está muito distante? Pois nesse meio tempo, entre uma hora e outra que não estou trabalhando, desenvolvi uma gama considerável de atividades recreativas com o único propósito de FAZER O TEMPO PASSAR PELO AMOR DE DEUS… até que chegue novembro. Desde então passei a

Ler os livros que comprei e que nunca li
Fumar
Fazer lista de músicas para festas alheias
Ir a debates com escritores que nunca ouvi falar
Estudar iniciação à Astronomia
Praticar Ioga quatro vezes por semana
Ler todo tipo de revista que aparece na frente
Acompanhar debates sobre economia
Dormir mais
Cantar as músicas em inglês
Ligar para pessoas que não vejo há muito
Procurar passagens de navio na internet, para lugares que nunca irei
Saber tudo sobre Paris Hilton
Cozinhar algumas coisas (mas olhem, vejam só)
Aprender sobre o nome das plantas
Ver muitos filmes
Nunca perder um só jogo de judô das olimpíadas

Tudo isso para acalmar a tempestade, esfriar o fogo, tirar a febre, descer do carro alegórico, diminuir o volume do samba, respirar fundo e alcançar, não sei como, uma sabedoria de um monge tibetano para uma eterna paciência.

Tô precisando mesmo é de um resfriamento, não de um balde d’agua, mas um ar-condicionado, de um sorvete de nata, de um lugar comum, de um chavão sobre paz.

Um comentário:

Marcos disse...

E depois de novembro?
Vou sentir falta da Claudete, né?