segunda-feira, 9 de março de 2009

O que restou dos meus cinco sentidos

Essa semana descobri que alguns presentes vêm direto do céu, imponderavelmente.

Estranha tontura de nem ver mais o que possuo ao redor. Ai de mim! Em momentos que a gente esquece o próprio nome, chora de felicidade, perde o chão e tropeça no nada, somente nesses, pode-se ter a certeza e a excitação de estar vivo.

Porque certas pessoas nesse mundo possuem o predicado de possuir todos os predicados do mundo? Porque certas pessoas têm sorrisos e gentilezas tão claras, a céu aberto, a olhos nus? São abraços que desafiam a filosofia teórica, uma voz que uma nuvem teria, se caso pudesse dizer tudo que vê lá de cima. São páginas de um ser-livro da deliciosa literatura argentina. São goles de um vinho que eu não quero nem provar, pra não adquirir mais um vício nessa vida. São palavras de apoio, uma sombra da árvore quando menos se espera, são alegrias que um sorvete de passas ao rum pode trazer. É uma caixa gigante de lápis de cor com 300 tons, sob medida pros meus sobressaltos infantis. São olhos muito verdes que me assustam.

Pra que servem tantos presentes em uma pessoa só? Qual o propósito de se ter tudo isso junto? Pra bagunçar meus pobres pensamentos que já não andam lá essas coisas? Talvez nem tenha um motivo, justamente para não parecer pretexto.

Eu sei por quê. Isso tudo por ele saber que a coisa rara da delicadeza não é coisa de mulher, é coisa de ser humano.

Meu irmão, minha amizade é sua pra sempre!



Um comentário:

Anônimo disse...

ai q lindo, claudete.
vc escreve ultra bem ne.