quinta-feira, 30 de abril de 2009

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Porque ela sabia que podia sofrer, mas viu que esse era o único caminho pra não sofrer nunca mais. Imaginava conseqüências que nem tinha certeza, mas um sentimento de liberdade veio logo depois que abriu a janela da sala e sentiu um vento. Estava muito quente. Estranhou por um momento, porque São Paulo não costuma fazer calor dentro da madrugada, ainda mais morando no 13o andar. Acendeu um cigarro e fez outra escolha – outro dia paro de fumar, hoje não.

Ela acha que foram tantos livros de Clarice Lispector que fizeram alteraçoes em seus hormônios. Nunca mais foi a mesma depois que herdou a coleção da avó. Nunca mais fez e deixou de fazer um monte de coisa. Amava tanto a avó falecida que depois de um ano, já havia lido tudo e não sobrou nem uma gota de página sem ser lida. Até não ter certeza mais sobre o que realmente pensa. A não ser a certeza de que rosas vermelhas não podem faltar sobre a mesa, assim como a avó fazia.

Porque ela sempre soube que deixar claro o quanto ele significava não iria trazê-lo de volta, nem lhe faria se sentir amada. Mesmo assim nunca teve a necessária disciplina. Deu no que deu.
Sentiu tudo matemático demais, sem qualquer tipo de surpresa. Sentiu também um tédio do tamanho de São Paulo, que há tempos não lhe traz mais tantas diversões como no passado. Sentiu que era hora de voltar para as aulas de teatro e constatou que a ração do Loyd estava no fim. A vodka com coca já havia subido a cabeça e a única certeza é que amanhã seria outro dia.

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terça-feira, 28 de abril de 2009

domingo, 26 de abril de 2009

uma pergunta que não quer calar

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alguém teria uma explicação plausível pra me dar sobre esse time? alguém poderia me contar o que que acontece?


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sexta-feira, 24 de abril de 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

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não tenho vergonha de dizer que estou
sentindo um friozinho esses dias.


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domingo, 19 de abril de 2009

Carta aberta à Irene

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Irene,
Me deixe saber quando você chegar.
Quero que você veja o quadro novo que eu comprei, quero te oferecer um pedaço de doce. Se você quiser eu conto um caso engraçado.
Irene, leu o Leminski que eu te dei? Você sonhou essa noite? Você fumou meu último cigarro?
Não chora não! Esquece aquela dor antiga. Amanhã tem festa no vizinho, tem filme na TV, tem concerto no parque. Põe o vestido branco e vem beber com a gente.
Não chora não, porque tudo continua andando. Eu sei do seu tédio gigante, que tudo parece sempre igual, mas observando bem, nada ficou no mesmo. Até as roupas caíram do varal com o vento.
Basta que você se surpreenda todos os dias, questione o comum e comece tudo de novo.
Irene, na verdade eu queria ser livre como você. Eu queria saber olhar para o outro de forma mais profunda. Eu queria saber gritar e saber me expor.
Eu queria saber chorar.
Chora Irene, chora pra não ter dor de garganta.
Mas chora hoje, porque amanhã é dia de festa e enfim,
eu te verei rindo.


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sexta-feira, 17 de abril de 2009

niversário


Parabéns Tetel...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

terça-feira, 14 de abril de 2009

Sol, mar, Ipanema e bossa nova



Quem mandou ser ateu? Quem mandou se apaixonar pela Itaipava? Quem mandou ser ruim da cabeça e doente do pé? Quem mandou não ser filha da Leila Diniz? Quem mandou gostar tanto de mar? Quem mandou não ser da Lapa e não crescer no samba? Quem mandou escutar Tom Jobim na infância? Quem mandou ter carência de baldinhos e castelinhos de areia? Quem mandou não nascer na cidade mais bonita do mundo? Quem mandou provar um pouco de felicidade e gostar?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009



picando a mula para o melhor pôr-do-sol.
The best ever.

terça-feira, 7 de abril de 2009


"While my eyes go looking for flying saucers in the sky"...

domingo, 5 de abril de 2009

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Pois como diria tio Geribaldo, pessoas
que realmente sabem português são seres
superiores na Terra!!

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sábado, 4 de abril de 2009

quarta-feira, 1 de abril de 2009





Fala a verdade, minha avó já dizia - o que seria do amarelo se não fosse o azul! E o que seria do mundo se todos fossem atleticanos, todos nós no preto e branco!
E se os sentimentos tivessem cores?
Desde criança sempre vi cores nos números. Ninguém concorda, mas isso é absolutamente claro e óbvio pra mim. É só fechar os olhos e ver.

0 - esse é muuuito rebelde e não aparece nunca
1 - branco (neutro, caaaalmo, é tão da paz que nem conversa)
2- vermelho (número fortíssimo e muito vivo, dono de toda informática, fala gritando praticamente)
3- rosa (bobo alegre, vivendo entre dois importantes, tem medo de fazer perguntas)
4- amarelo ou laranja (presente e quase tão forte quanto o dois, apesar disso é tranquilo e confiante)
5 - azul ou vermelho (esse pode tudo que quiser, pode até escolher entre o frio e o quente, entre a primeira e a segunda metade do 10)
6 - cinza (elegante, mas totalmente sem vida, executivo sério e sisudo)
7 - dourado (dono de uma boate na rua Augusta, aparecido e feliz)
8 - azul marinho (triste e com falta de ar, dorme o dia todo)
9 - marron (tímido, foi criado pela avó, queria ser o 7, mas não tem dinheiro suficiente pra ser)
10 - plástico transparente (parece um brinquedo de acrílico), mas eu acho que de vez em quando ele fica preto, mas isso é escondido.
...daí pra frente tudo se mistura... só sei que, infelizmente, ninguém é verde!


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